O CONCEITO DE NATALIDADE NA OBRA “A CONDIÇÃO HUMANA” DE HANNAH ARENDT

Pedro Rento Pereira da Silva, Victor Hugo de Oliveira Marques

Resumo


O presente artigo estuda o conceito de natalidade na obra A condição humana, de Hannah Arendt. Salienta a importância de tal conceito para teoria política. Realça que o pensamento político de Arendt é uma construção ao longo de um período conflitante na história, o nazismo. Demonstra que a teoria política de Arendt parte de uma reflexão das atividades humanas a fim de evitar os regimes totalitários. As atividades humanas que a filósofa destaca são: Trabalho, Obra e Ação. Essas atividades estão intimamente ligadas ao nascimento, ou seja, à Natalidade. Trabalho e Obra são responsáveis por preservar a subsistência humana, logo é um cuidado consigo e, em consequência, com o mundo. Entretanto, é a ação que apresenta a perfeição do nascimento, pois permite a relação entre os homens e a participação na vida pública. A natalidade, como centro de tudo isso, é a válvula de escape dos regimes totalitários, uma abertura ao diálogo e à pluralidade, por isso está ligada intrinsicamente a ação. Para Arendt, a essência da política é a natalidade, pois é a partir desse segundo nascimento que os indivíduos podem ser e agir no mundo. A preocupação com o agir dos novos indivíduos é o que possibilita, em sua teoria, transformações na sociedade. Pois da preocupação da humanidade com a natalidade é que surge um espaço onde todos podem participar gerando responsabilidade e sentido de pertença.

Palavras-chave: Ação. Condição Humana. Hannah Arendt. Espaço Público. Natalidade. Política.


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