Entre trabalhadores e capitalistas: uma visão da alienação no pensamento de Karl Marx

Wagner Rafael Rodrigues, Léo Peruzzo Júnior

Resumo


Com o auge da Revolução Industrial, no início do século XIX, o modo de produção capitalista tornou o trabalho humano mero instrumento de trabalho. Nesse sentido, a crítica filosófica-econômica de Karl Marx retrata como o homem baixou a essa condição. Assim, o problema que norteou essa pesquisa se pauta em compreender qual a concepção crítica de Marx a respeito do conceito de alienação, tendo como objetivo apontar como Marx entende a alienação. Nessa perspectiva, se postulou primeiramente o desvinculamento de Marx da esquerda hegeliana para a formação de seu próprio pensamento, e a apropriação do conceito de alienação que ele fez de Hegel e Feuerbach. Posteriormente, conforme os Manuscritos econômico-filosóficos, o homem ao realizar seu trabalho, como meio de subsistência, ao mesmo tempo, cria um mundo que é alheio e estranho a sua existência. Assim, o trabalhador não é dono de si próprio, o fruto de seu trabalho não lhe pertence, o produto que ele produz é um ser estranho com um poder independente, que o faz iver uma relação consigo mesmo, com a natureza e com os outros como um ser alienado. Por fim, na obra O Capital designou- -se que além de estar inserido no círculo vicioso do trabalho, não por vontade própria, mas por coação, o trabalhador ao consumir mercadorias alimenta o sistema que o oprime. Além disso, ao elevar o dinheiro ao posto de valor de uso, toda sociedade se tornou refém de muitas necessidades que a faz se alienar taxando as relações sociais como valores de troca.

Palavras-chave: Ser humano. Trabalho. Alienação. Propriedade privada. Capital. Mercadoria.


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